Acessibilidade como vantagem competitiva

Quando se fala em acessibilidade, há quem pense que se trata apenas de uma obrigação ou caridade, um custo à operação ou talvez até algo fora da realidade da empresa. Ou seja, é apenas um problema a ser evitado. O que nem todos percebem é que acessibilidade é também uma oportunidade para o negócio.

Um erro comum é achar que pessoas com deficiência não fazem parte do público e com esse pensamento acaba-se perdendo uma grande fatia do mercado. Aproximadamente 45 milhões pessoas no Brasil têm algum tipo de deficiência (IBGE, 2010). São pessoas que têm renda e consumem produtos e serviços como qualquer um. De acordo uma pesquisa citada no Google I/O ’18, pessoas com deficiência e família em todo mundo têm uma renda coletiva disponível de $ 8 trilhões de dólares.

Além disso, a acessibilidade não é boa apenas para pessoas com deficiência, mas também para todos que adquirem alguma limitação momentânea, seja de forma temporária (alguém com um braço engessado, por exemplo) ou situacional (talvez segurando um bebê e usando o celular com apenas uma das mãos). Ou seja, uma hora ou outra qualquer um de nós pode precisar de acessibilidade.

No exemplo abaixo vemos como um layout claro e consistente é fundamental para pessoas com deficiências cognitivas, mas também torna a interface muito mais atrativa e funcional para todo mundo.

A W3C tem uma página com outros exemplos como esse.

Acessibilidade é um ótimo negócio porque significa tornar o produto utilizável por mais pessoas. No fim das contas o produto torna-se melhor e mais competitivo de uma maneira geral, porque melhora sua usabilidade e consequentemente a experiência do usuário.

Ao investir em acessibilidade estamos diminuindo barreiras, dando oportunidades iguais para todos. Quando isso ocorre todos são beneficiados — os usuários, que têm um produto melhor em mãos, e as empresas, que aumentam a seu market share, com consumidores mais engajados e felizes.